A Polícia Federal indiciou o deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal (PL), por desvios de recursos da cota parlamentar. Segundo a investigação, Gayer teria destinado recursos do seu gabinete na Câmara dos Deputados para uma empresa ligada a um aliado, configurando possíveis crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. O deputado, que está nos EUA desde março, foi notificado por ter ultrapassado o limite de faltas necessário para a abertura de um processo de cassação. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Gayer negou o cometimento de irregularidades e atribuiu o indiciamento ao seu posicionamento a favor do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação da PF começou em outubro do ano passado, quando foi deflagrada uma operação que apreendeu R$ 70 mil em dinheiro vivo com um assessor do parlamentar. A PF enviou o material ao Supremo Tribunal Federal (STF) há cerca de duas semanas, e a equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai analisar se há elementos suficientes para oferecer denúncia contra o parlamentar ou se seria necessário realizar mais diligências para aprofundar as investigações. O caso ganha relevância em um contexto de discussões sobre a transparência e o uso adequado de recursos públicos por parte de agentes políticos. A cota parlamentar é um benefício concedido aos deputados federais para apoiar suas atividades políticas e de representação.

O indiciamento de Gayer ocorre em um momento em que a Câmara dos Deputados tem discutido questões relacionadas à conduta de seus membros. Recentemente, a Câmara rejeitou um pedido de cassação do mandato do deputado, com 227 votos a favor e 170 contra. A decisão de rejeitar o pedido não interfere na investigação da PF, que seguirá seu curso. Gayer argumentou que os recursos de sua cota parlamentar foram aplicados em seu escritório político e que não exercia nenhuma atividade privada bancada pela cota parlamentar. Ele também afirmou que as acusações da PF são infundadas e que não há provas de irregularidades.

A análise do caso pelo STF e pela Procuradoria-Geral da República é aguardada com atenção, dado o impacto potencial que pode ter na política e na accountability dos agentes públicos. Acompananhar as próximas etapas deste caso pode trazer mais luz sobre a utilização de recursos públicos e a integridade de agentes políticos.

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