O dólar comercial iniciou a sexta-feira (19) cotado a R$5,5220, praticamente estável em relação ao fechamento da quinta-feira (18), quando registrou variação de 0,03% e valor de R$5,5220. A estabilidade da moeda americana reflete a expectativa dos mercados em relação à agenda fiscal doméstica e à decisão do Banco do Japão de aumentar a taxa de juros para o maior nível em 30 anos. A sessão conjunta do Congresso para votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 e a divulgação dos dados do setor externo de novembro são os principais eventos do dia no cenário doméstico.

A decisão do Bank of Japan de elevar a taxa de juros de 0,50% para 0,75% ao ano foi um dos principais fatores que influenciaram os mercados globais. O aumento da taxa de juros foi justificado pelo presidente do Banco Central japonês, Kazuo Ueda, como uma medida para garantir que a economia e os preços evoluam em linha com as projeções. Além disso, os rendimentos dos títulos japoneses avançaram, com o JGB de 10 anos atingindo 2,005%, o maior nível intradiário desde maio de 2006. Os rendimentos dos Treasuries americanos também registraram alta, acompanhando o movimento de alta dos yields no Japão.

No cenário doméstico, a agenda local inclui a votação do PLOA de 2026 no Congresso e a divulgação dos dados do setor externo de novembro. A expectativa é que esses eventos possam influenciar a cotação do dólar ao longo do dia. Além disso, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participarão do evento do Expocatadores, em São Paulo. No exterior, os futuros de Nova York avançam, enquanto as bolsas europeias registram alta mais contida. O movimento ocorre em meio à divulgação de indicadores regionais e a uma agenda mais fraca nos Estados Unidos.

As bolsas asiáticas encerraram o pregão em alta, com destaque para Tóquio, que avançou 1%. O Reino Unido registrou uma queda de 0,1% nas vendas no varejo em novembro, contrariando a expectativa de alta de 0,5%. Já na Alemanha, a confiança do consumidor deve piorar em janeiro, segundo o índice Gfk. Esses dados refletem a sensibilidade dos mercados às políticas econômicas e podem influenciar a cotação do dólar ao longo do dia.

Sem consulta SPC/Serasa
Os 5 melhores cartões de crédito sem consulta SPC/Serasa