Em 2025, os ETFs (fundos negociados em bolsa que replicam o desempenho de índices do mercado) tiveram um ano marcante, com a chegada de 60 novos produtos ao mercado, elevando a oferta total para 160. Esse boom ajudou a aumentar o patrimônio dessa classe de investimento para R$ 69,6 bilhões, um crescimento de 50% em relação ao final de 2024. Os ETFs são fundos passivos que seguem um índice de mercado, o que significa que não há um time de gestores escolhendo as ações, resultando em taxas mais baixas. Mesmo assim, boa parte deles tende a superar os fundos de gestão ativa no longo prazo, oferecendo uma opção atraente para os investidores.
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Esse crescimento pode ser atribuído ao lançamento de mais índices e fundos, bem como à ação das instituições financeiras em promover esses produtos. O ETF mais negociado e conhecido é o BOVA11, que replica o desempenho do Ibovespa. Além disso, novos índices começaram a surgir com características mais complexas, uma tendência que deve se intensificar em 2026. De acordo com o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, a ideia de “passividade” dos ETFs vem mudando, com a criação de ETFs que seguem índices de renda fixa, ouro, China, Argentina e tecnologia, entre outros. Um tipo relativamente novo de ETF que vem ganhando adeptos são os que pagam dividendos, como o NDIV11 e o DIVD11.
No contexto econômico, o crescimento dos ETFs ocorre em um cenário de juros altos e inflação controlada. Com a Selic em patamares elevados, os investidores buscam opções de investimento que ofereçam rentabilidade atraente com baixo risco. Os ETFs de renda fixa, por exemplo, permitem que os investidores acessem títulos de renda fixa de forma diversificada e com liquidez diária. Além disso, o mercado de trabalho em recuperação e a inflação sob controle criam um ambiente favorável para o crescimento dos investimentos em ETFs. Com patrimônio líquido de R$ 69,6 bilhões, os ETFs se consolidam como uma opção relevante para os investidores.
A tendência de crescimento dos ETFs deve continuar em 2026, com a criação de novos índices e fundos que atendam às necessidades dos investidores. A diversificação de opções e a competição entre as gestoras devem contribuir para a evolução desse mercado. A liquidez e a flexibilidade dos ETFs são características que os tornam atraentes para os investidores, que buscam opções de investimento que sejam fáceis de comprar e vender. Além disso, a educação financeira e a conscientização sobre os benefícios dos ETFs devem aumentar a demanda por esses produtos.